Nota - proibir um livro é dar mostras de que o tememos. O Espiritismo, longe de temer a divulgação dos escritos publicados contra ele e interditar sua leitura aos adeptos, chama a atenção destes e do público para tais obras, a fim de que possam julgar por comparação. As referências à Revista Espírita indicam as obras que foram refutadas.
Imortalidade, a morte e a vida (A). BAGUENAULT DE PUCHESSE, estudo sobre o destino do homem. - 1 vol. in-12, 3 fr. 50 c. Paris, Didier & Cia.
O autor assim se exprime sobre o Espiritismo: "Seus princípios inauguram um sistema completo que compreende o presente e o futuro, que traça os destinos do homem, abre-lhe as portas de outra vida e o introduz no mundo sobrenatural. A alma sobrevive ao corpo, já que aparece e se mostra depois da dissolução dos elementos que o compõem. O princípio espiritual se desprende, persiste e, por seus atos, afirma sua existência.
Desde então, o materialismo é condenado pelos fatos; a vida no além-túmulo torna-se um fato certo e quase palpável; o sobrenatural se impõe assim à Ciência e, submetendo-se ao seu exame, não lhe permite mais repeli-la teoricamente e declará-la, em princípio, impossível".
Apesar dessa declaração, o autor não é partidário do Espiritismo. Ele acha que a doutrina deste último sobre a imortalidade "compromete o verdadeiro e puro espiritualismo, subtrai-lhe o caráter de elevação e de nobreza de que o revestiram os altos destinos filosóficos e religiosos; deixa sem solução os problemas do destino humano". Continua ele: "Com o Espiritismo a sobrevivência perderia uma parte de sua dignidade, de sua independência e de sua grandeza". Ele prefere os dogmas das penas eternas e o céu católico, que julga mais conformes à razão e à justiça de Deus.
Mesmer e o magnetismo animal; Mesas girantes e Espíritos. BERSOT. - 1 vol. in-12, 3 fr. 50 c.; pelos correios, 4 fr. Paris, Hachette.
O maravilhoso, no Jansenismo, no Magnetismo, no Batismo, na Epidemia de Morzine e no Espiritismo. BLANC (Henri). - 1865 - 1 vol. in-8, 6 fr.; pelo correio, 6 fr. Paris, Plon.
Após um exame aprofundado, o autor constata que os fenômenos prodigiosos se produziam, mas dá a entender que são obra do Espírito do Mal. Embora hostil ao Espiritismo, essa obra lhe é, na realidade, muito útil.
Espírito batedor (O). BROWNSON (Doutor). - 1862 - 1 vol in-12, 1 fr.; pelo correio, 1 fr. 40 c. Paris, Casterman.
Estudos sobre o fluido nervoso e a solução definida do problema espírita. CHEVILLARD. - 1869. - 1 vol. in-18, 1 fr.; pelo correio, 1 fr. 25 c.
Texto da conferência feita pelo autor, em 30 de janeiro de 1869, sob o título de : O Espiritismo perante a Ciência. (Revue Spirite, março de 1859, p. 83.)
Do êxtase ou dos milagres como fenômenos naturais. DESAGES. - 1 vol. in-8, 6 fr.; pelo correio, 6 fr. 50. Paris, Henri, Palais-Royal.
O autor se esforça por provar a não-realidade das manifestações dos Espíritos. Contudo, avalia em 2 milhões o número de espíritas na França, o que lamenta pela honra da razão deles.
Incoerências. DESCHANEL. - 1 vol. in-18, 3 fr. 50 c.; pelo correio, 4 fr. Paris, Hachette.
Compilação de artigos do autor sobre diferentes temas, entre os quais se encontram aqueles que escreveu contra o Espiritismo, no folhetim do Journal des Débats de 15 e 29 de novembro de 1860. (Revue Spirite, março e abril de 1861, pp. 65 e 97.)
História do maravilhoso nos tempos modernos. FIGUIERR (Louis). - 4 vol. in-12, 14 fr.; pelo correio, 15 fr. 50 c. Paris, Hachette. (Revue Spirite, setembro e dezembro de 1860, pp 274 e 369, abril de 1861, p. 109.)
Costumes e práticas dos demônios ou dos Espíritos visitantes do Espiritismo antigo e moderno. GOUGENOT-DESMOUSSEAUX (Cavaleiro). - 1 vol. in-8, 6 fr.; pelo correio, 6 fr. 60 c. Paris, Plon.
O autor, embora reconhecendo a realidade das manifestações, procura demonstrar que elas só podem ser obra do demônio.
Demônio de Sócrates (O). LÉLUT (Doutor), do Instituto. - 1 vol. in-23 fr. 50 c.; pelo correio, 4 fr. Paris, J.-B. Baillière.
O autor conclui que Sócrates era louco, porque acreditava em seu Espírito familiar, que em grego se chama daimon, demônio. Como é conveniente, para certas pessoas, qualificar de loucos todos os que creem na existências dos Espíritos, inclusive Sócrates, sob esse ponto de vista todos os espíritas evidentemente são loucos.
Pastoral ou Ordenação contra o Espiritismo, por monsenhor PAVI, bispo de Argel. - 1863 - (Revue Spirite, novembro de 1863, p. 336.)
* Do Monsenhor bispo de Estrasburgo, em 1864, (Revue Spirite, marco de 1864, p. 83.)
* Do Monsenhor Gousset, arcebispo de Reims, para as quaresmas de 1864 e 1865. (O Céu e o Inferno,cap. IX e X.)
* Do Monsenhor Pantaleão Monserro y Navarro, novo bispo de Barcelona. (Revue Spirite, setembro de 1864, p. 264)
* Do Monsenhor bispo de Langres, em 1864. (Revue Spirite de 1864, p. 179.)
Refutação completa da Doutrina Espírita. MAROUZEAU (Abade). - Brochura in-8, 1 fr.; pelo correio, 1 fr. 25 c. Paris, Douniol. (Revue Spirite, julho e setembro de 1863, pp. 218 e 275.)
Mortos e vivos (Os). MATIGNON (R.P.) da Companhia de Jesus. Conversas sobre as comunicações de além-túmulo. - Brochura in-18, 2 fr.; pelo correio, 2 fr. 80 c. Paris, Adrien-Leclere. (Revue Spirite, maio e junho de 1863, pp. 142 e 169.)
Magia e Astrologia (A). MAURY (Do Instituto). - 1863. - 1 vol. in-12, 3 fr. 50 c. Paris, Didier & Cia.
Do Espiritismo - Brochura in-18 – CONVERSAS SOBRE O ESPIRITISMO. - Brochura in-18, 1 fr.; NAMPON (R.P.), da Companhia de Jesus, pelo correio, 1 fr. 25 c. Lyon, Josserand. (Revue Spirite junho de 1863, p. 169.)
Espiritismo diante da história e diante da Igreja (O). POUSSIN (Abade). - 1 vol. in-12, 3 fr.; pelo correio, 3 fr. 50 c. Paris, Sarlit. (Revue Spirite, janeiro de 1868, p. 5)
Dos Espíritos e de suas relações com o mundo visível. THIBOUDET (Abade). Segundo a tradição. - 1864. - 1 vol. in-8, 5 fr.; pelo correio, 4 fr. 40 c. Paris, Vivès.
Afirmação sem restrição da realidade de todos os fenômenos magnéticos e das manifestações espíritas, mesas girantes, etc.; provas da intervenção de inteligências ocultas; refutação peremptória da teoria do reflexo do pensamento na mediunidade; demonstração extraída da autoridade dos Pais da Igreja de que os demônios são os únicos agentes possíveis desses fenômenos e que não há fluido magnético humano. O autor certamente esgotou todos os argumentos que se pode invocar em favor de sua tese; se não convence todo mundo a culpa não é dele.